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Você sabe da onde surgiu o sabão?

Acredita-se que a criação do sabão tenha sido acidental, não se sabe ao certo a data nem quem foi o responsável pela descoberta desse processo. Sabe-se apenas que, quando a gordura animal contaminada com cinzas de fogão era fervida,  um coalho branco se formava sobre a mistura, que era utilizada pelas mulheres para lavar roupas.
Em 1792, Nicolau Leblanc, químico francês, extraiu soda cáustica do sal de cozinha, que passou a ser utilizada para facilitar o processo de saponificação de gorduras, porém tal processo era muito poluente. Mais tarde, Ernest Solvay, químico belga criou o processo de obtenção da soda cáustica a partir do amoníaco. Tais processos contribuíram para o desenvolvimento da indústria do sabão.
Em 1766, a Zona de Castelo Branco em Portugal tornou-se a maior indústria saboeira da Europa, criando-se a Real Fábrica de Sabão situada em Belver, no concelho de Gavião, onde a fabricação e a venda de sabão só se encerraram em 1858. No reinado de D. João I, a arte da saboaria estava sob o domínio da Coroa, havendo sansões para todos que tentassem fabricar ou vender sabão sem o seu aval.



Com o encerramento da Real Fábrica de Sabão, muitos de seus funcionários aproveitaram os conhecimentos adquiridos e criaram suas próprias saboarias artesanais, as chamadas Casas de Sabão Mole, pequenas produções familiares que iam passando de geração em geração. Assim, a palavra “saboeiros” foi o nome dado aos moradores de Belver, o que perdura até hoje.

Devido a tais acontecimentos na história e criação da saboaria, a maior parte dos conhecimentos e literatura a respeito da saboaria artesanal e da cosmética natural provem de Portugal, sendo de difícil acesso para a maioria da população, pois são materiais caros que dependem de importação.
 Nós da Aromateca mesclamos a literatura portuguesa, com conhecimentos adquiridos com saboaristas e alquimistas brasileiras para se chegar ao resultado desejado, e assim manter a arte milenar da saboaria artesanal. 

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